sexta-feira, 1 de abril de 2011

Efeito conjuntivite - Epidemia da doença em Rio Preto registra queda no comércio, inclusive, no Mercado Municipal


A epidemia de conjuntivite em Rio Preto está balançando a economia local.
Os comerciantes do Mercado Municipal, um dos centros de compras mais tradicionais da cidade, estão amargando os efeitos causados pela propagação da doença.

“Nas duas últimas semanas, o movimento caiu 30% em comparação com o mesmo período do ano passado”, diz o comerciante Tadao Nelson, dono de uma pastelaria no Mercadão. Segundo ele, que tem o estabelecimento no local há 13 anos, a conjuntivite está “espantado” os consumidores. “Apesar de alguns clientes virem com óculos de sol, a maioria que está com a doença prefere ficar em casa. Com isso, o movimento despencou”, afirma o comerciante.
Para a vendedora Cleusa Batista, 49 anos, que trabalha há 10 anos na Floricultura Mercafloro, também no Mercadão, o movimento da quarta-feira foi o pior dos últimos seis meses.
“Vendemos em média R$ 300 por dia e neste dia o caixa fechou em R$ 60”, afirma.
Para Cleusa, a queda nas vendas foi também causada pelo vilão da conjuntivite.
“As pessoas que não pegaram a doença estão com medo de se contaminar na rua, principalmente em locais com maior concentração de pessoas, como aqui no Mercadão”, diz a vendedora.
A comerciante Cleury Silvano Freitas, 35 anos, proprietária das duas unidades do Empório Libanês, afirma que o movimento teve queda apenas na loja que fica no Mercadão.
“Na outra loja que fica no Centro, com menor fluxo de pessoas, as vendas estão estáveis, mesmo com os casos de conjuntivite”, afirma Cleury.

Precaução

Se de um lado há rio-pretenses que não se preocupação com a epidemia de conjuntivite, outros não atendem clientes com a doença.
“Aqui no salão a pessoa com conjuntivite não é atendida. É uma preocupação com os outros clientes e com a equipe de funcionários”, afirma Carlos José Moraes Dias, 60 anos, dono do Spot Cabeleireiro, na praça Rui Barbosa.
O comerciante Luiz Ribeiro, 36 anos, diz que o movimento do restaurante, que fica no Centro, teve queda de 40% por causa da doença.
“Colocamos um cartaz para orientar os clientes que estiverem com a doença para não entrar.”

Comparação

De acordo com levantamento divulgado ontem pela Secretaria de Saúde de Rio Preto, os números de casos de conjuntivite subiram para 8,1 mil, batendo recorde dos últimos nove anos. Esse total registrado desde o dia 1º de janeiro é equivalente a população de Bálsamo (cidade que fica 25 quilômetros de Rio Preto).
“Peguei conjuntivite na faculdade e agora quatro pessoas da minha casa estão com a doença”, diz a secretária Carla Nascimento Silvestre, 36 anos.

Casos de conjuntivite registrados este ano:

8.104 - Rio Preto
6.327 - Votuporanga
1.572 - Mirassol
713 - Catanduva
407 - Riolândia
370 - Bady Bassitt
657 - Fernandópolis



Fonte: Rede Bom Dia

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