segunda-feira, 7 de junho de 2010

Crente pode participar de festa junina?

Está chegando a época e um assunto polêmico vem à tona novamente: crente pode participar ou fazer Festas Juninas?
Milho verde, canjica, pé-de-moleque, quebra-queixo, pipoca, muita música… Dançar quadrilhas, pular fogueira, soltar fogos e outras manifestações se tornaram comuns nos meses de junho, marcando as conhecidas festas juninas. Com forte raiz cultural e folclórica, elas guardam cada vez menos a tradição católica de celebrar os “santos” Antônio, João e Pedro. Todos os anos, o mês de junho traz à tona uma discussão que divide opiniões.
As manifestações juninas ou joaninas, como eram conhecidas, chegaram ao Brasil com as caravelas do navegador português Pedro Álvares Cabral, em 1500.
Acredita-se que estas festas tiveram origem no século XII, na região onde hoje é a França, com a celebração do solstício de verão (dia mais longo do ano, 22 ou 23 de junho), que marcava o início das colheitas, e que aos poucos foram sendo absorvidas pelo cristianismo europeu e, depois, transmitidas ao Novo Mundo.
O pesquisador Eliomar Mazoco, presidente da Comissão Espírito-Santense de Folclore, apresenta uma outra possível origem para as festas juninas. No hemisfério Norte, em torno da fogueira realizavam-se encontros em que as pessoas se juntavam para se proteger do frio. “Ali surgiram algumas danças, brincadeiras, hábitos culinários e gastronômicos que depois se transformaram nessas festas”, explanou. Mais tarde as igrejas se apropriaram, incluíram outras simbologias e as tornaram religiosas.
No Brasil, a partir da década de 1970, o aceleramento do processo de êxodo rural e conseqüente urbanização transportaram para a cidade os costumes do campo. Gradativamente, as festas juninas foram perdendo o sentido religioso e místico, assumindo um papel de preservação da cultura. Atualmente, não apenas escolas, mas até igrejas evangélicas têm realizado eventos juninos, numa forma de resguardar os laços de memória saudosista deste passado rural por meio de divertimento.
O fato é que, com o crescimento do número de evangélicos no Brasil, a questão tornou-se nos dias de hoje séria e delicada, podendo ser um assunto espinhoso para conversas numa roda de amigos, quer comunguem ou não da mesma crença. Alguns dão ênfase ao aspecto folclórico. Outros, não aceitam nem mesmo o aspecto cultural da festa e afirmam que ela é proibida aos evangélicos, por configurar idolatria. Proibir ou permitir, e por quê? O evangélico pode ou não participar das festas juninas?
Para o pastor Erasmo Vieira, da Igreja Batista Morada de Camburi, este assunto já entrou no terreno das divergências emocionais, ultrapassando a discussão bíblica, mas deve ser analisado sob vários aspectos. O primeiro seria a ligação com a adoração aos “santos”, contraposta à condenação de qualquer atividade que esteja ligada à idolatria (Êxodo 20.3-4, Isaías 44 e 45). “Qualquer tipo de festa que tenha por finalidade adorar alguém é condenável”, disse. Para o evangélico, santos são todos os que se converteram e aceitaram a Jesus Cristo como único Senhor e Salvador, dispostos a viver de acordo com os ensinamentos da Palavra escrita na Bíblia. Por outro lado, o pastor insiste em que o cristão reflita, porque com a radicalização estão se perdendo a tradição cultural e a relevância folclórica. “As festas folclóricas, como as juninas, possuem este aspecto cultural que deve ser levado em consideração. Contudo, temos de ter cautela, para não escandalizarmos ninguém, conforme nos ensina o apóstolo Paulo (1 Coríntios 8:13). Devemos ter discernimento para sabermos o que fazer”, explicou Erasmo.
“Se for levar ‘ao pé da letra’, há outro exemplo. A nossa festa do Natal foi criada para encobrir a festa pagã das saturnálias, das quais os cristãos não deveriam participar”, completa o pastor para justificar que os exageros podem conduzir o evangélico a uma alienação de todas as festas que acontecem. As saturnálias eram festas de comilança e orgias da carne que precediam a quaresma, período de jejum e introspecção. Com a aceitação do cristianismo como religião oficial no século III em Roma, foi estabelecido no século IV o calendário litúrgico com a instituição da comemoração do nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro.
E você, o que acha?
Reflita sobre o assunto e dê sua opnião.


Veja também essa matéria na íntegra: Gnotícias

2 comentários:

  1. irmã Tauana, paz!
    não consigo comentar todas postagens!
    Aleluia! vc está rápida demais! Glória a Deus..

    ótimo trabalho!

    essa postagem eu gostei muito mesmo!!

    TEM MUITO CRENTE ACHANDO QUE NÃO TEM NADA A VER FESTA JUNINA!!! MAS TEM SIM!!

    infelizmente, a festa é uma devoção ao(s) santo(s) católicos...
    além da fogueira (fogueira é coisa de animismo! - tem que tomar cuidado com isso!)

    o meu ponto de vista é que

    1)POSSO TODAS AS COISAS, MAS NEM TODAS AS COISAS EDIFICAM
    2) POSSO TODAS AS COISAS, MAS NÃO POSSO DEIXAR ME DOMINAR POR NENHUMA
    3) NÃO DEVO TRAZER ESCÂNDALO AO EVANGELHO...

    sempre devemos fazer essas três perguntinhas... lembre-se, Jesus faria isso? Jesus diria isso? Jesus estaria lá?

    essas questões devemos fazer sempre antes de tomarmos qualquer atitude em nossa vida cristã...

    lógico que o CRENTE não vai pro inferno por ir à festa junina! hahahah (já pensou o que ia de gente pras mãos do "capereto!" misericórdia!)

    mas devemos entender o BOM TESTEMUNHO...
    o crente tem que sempre lembrar que JESUS é amor,

    e assim, a melhor resposta pra essa postagem é

    FAÇA COM AMOR AQUILO QUE JESUS FARIA!

    aleluia,

    espero ter elucidado.....

    fiquem todos na paz


    Pr. Julio

    ResponderExcluir
  2. No comentário diz que se inventou outra comemoração para não se festejar a festa pagã,isso quer dizer que não se esta festejando a dita pagã e sim o nascimento de Jesus.As festas juninas está festejando(entre linhas escondidas adorando) três santos que para nós não existe.A bíblia diz que adoração só a Deus.As deliciosas comidas é um a oferenda pela boa colheita do milho.Com certeza nós não queremos participar de coisa alguma desse tipo. É claro e evidente podemos sim preservar nossa cultura e arte, mais não se deixe enganar, a intenção dessa festa não é tradição rural.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...