sábado, 14 de maio de 2011

OXI - A nova droga que vicia mais rápido e é mais destrutiva que o crack

"Uma droga mais perigosa que o crack está se espalhando pelo Brasil e deixando as autoridades policiais em alerta. O oxi, droga similar ao crack, mas mais barata e com poder de vício maior, já foi apreendida em dez estados brasileiros."


A descoberta da presença da droga ocorreu em 2003 por meio de pesquisa da ONG Rede Acreana de Redução de Danos (Reard), no Acre, uma das portas de entrada do entorpecente. Seu efeito é mais rápido e a letalidade, maior. Cerca de 30% de dependentes morrem em um ano e, no caso do crack, os usuários sucumbem em até oito anos.

A nova droga é originária da Bolívia e do Peru. O oxi já foi encontrado em mais de dez estados das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Conforme o delegado Maurício Moscardi, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF no Acre, o oxi não precisa de laboratório para ser produzido, "o que facilita a expansão". O preço baixo é um dos maiores dos atrativos - R$ 2,00, contra os R$ 5,00 do crack.

O crack e o oxi são subprodutos da cocaína. A principal diferença entre as duas drogas está nas substâncias usadas no preparo. Enquanto na produção do crack são utilizados bicarbonato de sódio e amoníaco para oxidar o pó da folha de coca, no processo que resulta no oxi predominam querosene e cal virgem. Com produtos mais baratos, o custo de produção cai. Vendido pela metade do preço, o oxi tem maior poder de infiltração nas camadas mais pobres.

Os derivados da coca também têm diferenças na absorção e na duração do efeito sobre o organismo. Quando inalado, o pó da cocaína é absorvido pela mucosa nasal, de forma mais gradativa, fazendo com que o efeito se estenda entre 30 e 45 minutos. Já no formato de pedra, quando fumado, a droga é absorvida pelo pulmão e atinge quase que instantaneamente a corrente sanguínea. O efeito do crack dura cerca de 15 minutos e o do oxi não mais que cinco minutos.

“Está aí o grande potencial do oxi de viciar já na primeira vez que se usa”, diz o psiquiatra André Luiz Carvalho Netto, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o princípio ativo da coca no oxi é mais concentrado. Além disso, as substâncias químicas usadas no preparo da droga são corrosivas e mais tóxicas, o que acaba elevando o grau de dependência e tornando os efeitos sobre o organismo mais devastadores. “O consumo do oxi pode levar à morte mais rapidamente que o crack, cuja nocividade está em grande parte no princípio ativo da droga.”

O psiquiatra alerta ainda para o que o oxi representa à saúde pública e a setores como a segurança pública. “A velocidade com que essas drogas surgem e se espalham pelo país é muito maior que a de articulação da rede de saúde nas ações preventivas e de tratamento e das forças de segurança. O crack é a cocaína de ontem e o oxi o crack de amanhã”, diz.

No Paraná, a Polícia Militar apreendeu, no início da semana, 150 gramas de uma droga que pode ser oxi. A substância foi encaminhada para análise pericial. Ontem, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, divulgou a primeira apreensão de oxi no estado. Foram interceptadas 300 gramas em Porto Alegre – a quantidade é suficiente para produzir cerca de 1,5 mil pedras, segundo a polícia. No Brasil, a primeira apreensão de oxi foi feita há dez anos".

Uma triste realidade é que tanto a bebida, como as drogas, já fazem parte, de forma natural, da vida de muitos jovens. Embora alguns ainda julguem desnecessário discutir este assunto dentro de nossas igrejas, acredito que chegou a hora de abordarmos estas questões de maneira bastante clara e objetiva, fazendo uma reflexão profunda à luz da Palavra de Deus e conscientizando dos males físicos e espirituais causados por estas substâncias.

Fonte: Eliel Gaby

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